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Estrada de Ferro de Carajás: uma das ferrovias mais eficientes e seguras do Brasil

Estrada de Ferro de Carajás: uma das ferrovias mais eficientes e seguras do Brasil
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jan. 28 - 4 min de leitura
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A manutenção ferroviária da Vale em São Luís conta com o reforço de uma célula robótica para a troca de rolamentos dos vagões da Estrada de Ferro Carajás (EFC). Instalado no Centro de Troca de Rodeiros (CTR) do Terminal Ferroviário de Ponta da Madeira (TFPM), o robô, similar aos utilizados na indústria automobilística, substitui os rolamentos que fazem parte da estrutura rodante de um vagão.

Segundo a Vale, a Estrada de Ferro Carajás, inaugurada em 1985, desempenha um papel importante na economia do Pará e do Maranhão. Por ano, circulam pela ferrovia mais de 350 mil passageiros, além de seis milhões de toneladas de grãos e seis milhões de litros de combustível. 

No entanto, quem utiliza o trem de passageiros ou vê os trens de minério da Estrada de Ferro Carajás circulando entre os estados do Pará e Maranhão, talvez não saiba quanta tecnologia há por trás de cada viagem realizada.

Inteligência Artificial, simuladores em 3D, robôs, sensores e monitoramento em tempo real (24 horas por dia) são algumas das tecnologias que a empresa utiliza para garantir à EFC a posição de “uma das ferrovias mais eficientes e seguras do Brasil”.

Para manter uma frota com mais de 200 locomotivas e 20 mil vagões em funcionamento, a Vale conta com o mais moderno centro de manutenção ferroviária instalado no Maranhão — referência no Brasil e em toda a América Latina.

Redução de riscos ergonômicos

A construção do projeto de automação foi baseada em estudos da condição ergonômica dos processos que incluem a usinagem das rodas do vagão e a troca de rodas e rolamentos. A análise preliminar de riscos demonstrou que é imprescindível investir em novas tecnologias para reduzir a exposição humana a posturas e esforços repetitivos.

No ciclo de manutenção preventiva e corretiva do CTR, a troca de rolamentos levava 35 minutos para ser concluída na condição manual. Hoje, com o uso da nova tecnologia, o processo é realizado em 12 minutos. Considerando-se apenas a etapa da troca de rolamentos, que antes era realizada em 7,5 minutos, essa substituição é feita em apenas dois minutos. Com isso, houve uma redução de 85% nos riscos ergonômicos. 

Célula Robotizada de Recomposição de Chapa de Vagões

A Vale desenvolveu todo o projeto da célula robótica utilizando experiência técnica e benchmark realizado com empresas desenvolvedoras de ativos de classe mundial. Para o processo de integração e automação, a Vale contou com o apoio de empresas especializadas e com o acompanhamento direto dos empregados da área  — otimizando a capacitação dos profissionais do CTR.

No processo, os trens com 330 vagões vindos de Carajás são separados em três blocos de 110 vagões para facilitar a descarga. Enquanto o minério é retirado, as locomotivas seguem para revisão no Posto de Inspeção e Abastecimento de Locomotivas (PIAL).

Após o descarregamento, os vagões são conduzidos pelas locomotivas já revisadas e abastecidas até o CTR. O Centro tem capacidade para atender até dois mil vagões/dia. Com o uso da tecnologia, não há mais necessidade de separar o vagão com o rodeiro danificado do bloco, diminuindo o tempo de parada na manutenção. 

Este sistema é chamado Locotrol  e permite o transporte de mais vagões em um mesmo trem ao controlar a tração (força) e a frenagem de forma sincronizada e independente. Até cinco locomotivas podem ser distribuídas ao longo de uma mesma composição, permitindo a economia de combustível e a diminuição da distância de frenagem. 

E você, o que acha do uso desta tecnologia na Estrada de Ferro de Carajás? Deixe seu comentário!


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